HBO: "O que estamos fazendo?"
Go, Max, Plus, Premium... eu só quero assistir o programa do Larry David em paz.
Quando o HBO Now virou HBO Go, ninguém se importou. Now e Go são a mesma coisa: “veja HBO quando quiser”. Aí virou HBO Max. Era levemente diferente mas dava para se acostumar: “há mais conteúdo do que as séries da HBO, como desenhos do Cartoon Network, documentários de natureza”, beleza!
Desde que mantenha o nome HBO está tranquilo, não tem como errar. Você literalmente pode batizar de HBO-Streaming Shit On Your Face Until You Puke, Fucking Rat Bastard. O que importa são aquelas 3 letrinhas ali no começo: HBO, sinônimo de TV de qualidade.
Aí alguém resolveu chamar de “Max” só. Vamos abandonar as 3 letras que faziam as pessoas assinar o conteúdo HBO praticamente atemporal, num mundo onde tem gente descobrindo Oz, Sopranos ou Sex and The City ainda. Vamos batizar de “Max” um nome de um serviço que parece uma dessas paradas piratas. “Max IPTV - 25 Mil Filmes e Séries”.
Pouco tempo depois de ser apenas “Max” e confundir milhares de pessoas (logo perdendo assinantes), anunciaram ontem que o serviço vai voltar a ser chamado de “HBO Max”. Alguém lá muito inteligente percebeu que as pessoas não estavam sabendo achar as séries da HBO e aí pensaram “caramba, deu tanto trabalho fazer essas séries ao longo de 3 décadas. Por que a gente não põe de novo o nome HBO na mistura? Sabe, só para ajudar as pessoas? E a gente no processo? Semana passada eu falei que trabalhava no Max e perguntaram se era uma casa de bet.”
Eu aposto que alguém mais inteligente falou “vamos aproveitar e tirar o Max? Meio que não significa nada?” e outra pessoa falou: “não se mexe com uma tradição de 3 anos e meio. Tenha mais respeito.”
Meu PC queimou. Não sei se queimou literalmente, tipo fritou algo num circuito, eu acho que na verdade não foi isso. Mas já passei da idade de entender de computadores. Eu sei que ele não está funcionando. Isso basta. Tanto faz se é um problema no Windows, fungo na placa mãe ou um ataque de abelhas: não tô vendo a tela do botão “iniciar”.
Quando eu era adolescente, tinha saco para consertar um computador. Sabia fazer um pouco mais que o básico. Hoje em dia, eu perdi isso. Se algo dá errado, eu já ligo para o meu neto. Infelizmente ele não atende porque não existe ainda.
Minha filha ainda não me deu um neto. Eu entendo ela. É difícil ter uma criança hoje em dia com a economia e o aquecimento global. Eu aceitei por que ela faz parte dessa geração que não tem filhos. E talvez o motivo principal dela não ter me dado um neto é que eu não tive uma filha ainda. Está ruim até para minha geração ter filhos. Tem dias que me pergunto se já não estava difícil para minha mãe e na verdade eu nem existo.
Enfim, tá no conserto com meu mano Juninho. Isso meio que gerou férias forçadas, o que eu meio que agradeço. Entediado eu não fico porque tem muita TV para assistir.
Lógico que TV não é a mesma coisa com diabetes. Não há Pringles. Eu não sei o que fazer com as mãos vendo TV ainda. Então por enquanto deixei os seriados de lado e tenho assistido 7 horas consecutivas de pornografia por dia para manter minhas mãos ocupadas.
Ronald Rios
HAHAHAHAHAHAHA